Neste momento, é premente a necessidade da ancoragem da energia feminina equilibrada e verdadeira. O feminino travestido atual deverá dar lugar a um feminino autêntico onde a força feminina mostrará sua forma de poder na suavidade, na feminilidade e na amorosidade. As mulheres deverão fluir no feminino com toda determinação e força que conquistaram, porém não mais metamorfosiando sua forma em uma descaracterização corporal, ou criando modelos esteriotipados. A forma feminina contém a suavidade e a força, e a cada uma na sua individualidade, deverá se conectar com a essência do que é, se desligando dos constrangimentos e inibições provocadas pela mídia. E perguntamos, afinal de contas que padrão é este?… ser feminina é ser Gisele Bündchen, Adriane Galisteu, Marília Gabriela ou Fernanda Montenegro?… ou ser feminina é dançar “ dança do ventre” ou ser tri atleta, jogar futebol ou vôlei?
O feminino sofreu ao longo dos anos uma grande metamorfose descaracterizando-se em sua “essência” e é no reconhecimento do verdadeiro referencial feminino individual que vamos resgatar a beleza autêntica. Beleza esta não massificada em “clichês” criados para nos colocar em uma busca incessante de cumprir um padrão irreal e contemplador de uma minoria absoluta, levando-nos a uma eterna insatisfação física com com comprometimentos emocionais alteradores da auto-estima e da força primordial criativa do feminino.
Ceura Nolasco 